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Número de idosos com o vírus HIV aumentou 80% nas últimas décadas

É cada vez maior o número de mulheres com mais de sessenta anos que descobrem que contraíram o vírus do HIV. Segundo dados do Ministério da Saúde, a presença do HIV entre os idosos cresceu mais de 80% nas últimas décadas. Até por isso, seguindo novas recomendações médicas, o termo “grupos de risco” (antes representados por homossexuais, viciados e profissionais do sexo), foi substituído por “comportamentos de risco”, como as relações sexuais sem proteção e/ou com mais de um parceiro, toxicodependentes que utilizam e compartilham agulhas e profissionais que trabalham em contato com objetos cortantes que possam ser contaminados com sangue ou outros líquidos orgânicos.

O aumento de casos nesta faixa etária se deve principalmente a uma atenção maior no diagnóstico sobre este grupo de pessoas, já que até então os sintomas avançados do vírus HIV (como pneumonia, por exemplo) eram confundidos com doenças mais comuns nesta idade.

Além disso, o preconceito entre as pessoas mais velhas para o uso de preservativo é um tabu, principalmente no sexo masculino. Poucos são capazes de incluir este hábito, mesmo cientes dos benefícios do sexo com proteção.

Os homens mais velhos, inclusive, têm um papel fundamental no aumento da HIV na terceira idade. Muitas mulheres acabaram se infectando depois que os parceiros tiveram relações extraconjugais e contraíram o vírus.

Sintomas são parecidos com problemas passageiros

Sentir febre, calafrios, dores de cabeça, garganta e musculares são comuns a muitas pessoas e geralmente não trazem preocupação, porém estes podem ser indícios da infecção aguda pelo HIV.
Se o diagnóstico não for realizado, a doença pode evoluir para formas mais graves, com o aparecimento de outras doenças como tuberculose, pneumonia, toxoplasmose, formas mais graves de candidíase, entre outros. Para saber se está infectado, a pessoa deve realizar um exame de sangue específico.

Receber a notícia de que se está infectado ainda é um choque, até para as pessoas mais maduras. Porém, ter o vírus do HIV não significa uma sentença de morte. Já foram desenvolvidos coquetéis que mantêm o vírus sob controle e fazem com que as pessoas infectadas possam levar uma vida relativamente normal. Alguns efeitos colaterais dos medicamentos podem acontecer, mas em geral ele é bem tolerado pelos pacientes.

Publicado em dezembro/2014