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Cada dez pacientes que têm derrame, seis são do sexo feminino. Conheça os principais fatores de risco e previna-se. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), é a doença que mais mata no Brasil. Apesar da percepção de que é uma doença que atinge mais os homens, as mulheres são cada vez mais vítimas de derrame cerebral. Isso porque, além dos fatores de risco em comum com os homens, elas possuem alguns fatores mais específicos, como o uso de anticoncepcional e reposição hormonal sem acompanhamento médico e o período de gravidez.

Segundo dados da World Stroke Organization – WSO (Organização Mundial de AVC), de cada dez pessoas que têm AVC, seis são do sexo feminino. A atenção com o assunto é tão intensa que a campanha mundial da WSO teve como mote o tema “Eu Sou Mulher – o AVC me afeta”. A campanha reforça o dado de que, mesmo acometendo os dois sexos, as mulheres têm maior risco de morte e recebem menos cuidado no aparecer dos sintomas.

Em 2014, a Associação Americana do Coração (American Heart Association) publicou uma cartilha inédita com orientações para minimizar a ocorrência de AVC em mulheres. OS documentos anteriores continham diretrizes com foco na prevenção para os dois sexos, sem distinção. Nesta publicação estão inclusas, por exemplo, alertas sobre o monitoramento dos níveis de pressão durante a gravidez, que quando elevados podem levar a complicações que dobram o risco de AVC ao longo da vida e que a enxaqueca, mais comum entre as mulheres, também predispõe ao problema.

Para você se prevenir do risco de ter um AVC, listamos os principais fatores que contribuem para o acontecimento da doença em mulheres:

1) Hipertensão: com o aumento do sedentarismo, da obesidade e da alimentação rica em sódio, aumentam os casos de jovens com pressão alta, um dos principais fatores de risco para o AVC. Para combater o aumento dos níveis da pressão arterial, a adoção de hábitos saudáveis e a prática regular de exercícios físicos são excelentes aliados.

2) Pílula Anticoncepcional e Reposição Hormonal: os hormônios estimulam a capacidade de coagulação do sangue, o que pode resultar na formação de coágulos no interior dos vasos sanguíneos – trombose – que é um dos fatores de risco para o AVC. Sendo assim, antes de iniciar a ingestão de anticoncepcional ou fazer reposição hormonal é fundamental realizar uma avaliação médica e avaliar a predisposição para o desenvolvimento de trombose, além do acompanhamento regular com o especialista.

Vale ressaltar que o uso do anticoncepcional sem a presença de fatores de risco não é nocivo – desde que haja recomendação e acompanhamento médicos, além de controle dos outros fatores, como alimentação desbalanceada, sedentarismo e tabagismo.

3) Tabagismo e uso de Anticoncepcional: além dos males já conhecidos do cigarro, a combinação com medicamentos anticoncepcionais tornam o risco de AVC ainda maior. Isso porque a nicotina, substância presente nos cigarros, favorece o endurecimento das artérias que levam sangue ao cérebro. Além disso, as substâncias presentes no cigarro também colaboram para a formação de coágulos, tornando o cigarro e a pílula anticoncepcional uma combinação extremamente nociva à saúde da mulher.

4) Gravidez: o período de gestão deixa a mulher mais propensa a ter AVC. Isso porque em 5% das gestações acontece a pré-eclâmpsia, que é um aumento drástico da pressão arterial, que pode até dobrar o risco de derrame. Sendo assim, mulheres que estejam grávidas ou que desejam engravidar, devem acompanhar a pressão com frequência, para minimizar os riscos do AVC.

É importante destacar que todos esses fatores devem ser analisados por um médico especialista, que poderá avaliar a saúde da paciente e prescrever recomendações individualizadas.

Publicado em Maio de 2015