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O United States Preventive Services Task Force, grupo de especialistas ligado ao Ministério da Saúde dos Estados Unidos que divulga diretrizes sobre prevenção em saúde, publicou no mês de abril um estudo sugerindo que mulheres que tenham entre 40 e 70 anos e tenham alto risco de câncer de mama tomem medicamentos para prevenir o aparecimento do câncer. A recomendação é valida para aquelas que têm histórico familiar de câncer, história pessoal de nódulos na mama ou outros problemas oncológicos anteriores.

As drogas recomendadas são inibidoras do estrogênio, hormônio que está associado ao desenvolvimento de 75% dos tumores na mama. Por isso, a redução desse hormônio nas mulheres com risco levaria à menor incidência deste tipo de câncer. A pesquisa ainda está sendo discutida – alguns especialistas argumentam que os medicamentos podem ter reações graves, como coágulos sanguíneos e derrames, além de causar ondas de calor, secura e dor vaginal, prejudicando a vida sexual da mulher e oferecendo mais riscos à saúde –, mas coloca em discussão um assunto que preocupa cada vez mais as autoridades de saúde em todo o mundo: existe alguma forma de prevenir o câncer de mama?

A resposta é: não, mas é possível diagnosticar precocemente. E, quando se fala em câncer, o tempo pode ser determinante para o sucesso do tratamento. Por isso, fazer o acompanhamento médico regular e conhecer o próprio corpo são essenciais para a saúde da mulher.

Conhecendo o corpo

Ninguém conhece melhor o seu corpo do que a própria mulher. Por isso, independente da idade, é fundamental que a mulher conheça seu corpo e preste atenção em alterações nas mamas, como surgimento de nódulos, calcificações. E se notar algo que julgue diferente e procurar o seu médico para uma avaliação detalhada.

Geralmente os nódulos menores de um centímetro (em estágio inicial) não são palpáveis, por isso a visita regular ao ginecologista garante que na existência de um tumor ele possa ser diagnosticado antes de se desenvolver e evoluir para um estágio avançado. De qualquer forma, se no intervalo entre as visitas ao médico for observada alguma alteração, é imprescindível procurar o quanto antes por uma avaliação de um ginecologista.

Acompanhamento médico regular

Para as mulheres que tem histórico de câncer de mama na família, o recomendado é fazer um acompanhamento mais frequente com o médico ginecologista.

Já aquelas que não têm alto risco para o câncer de mama, o recomendado é que seja feita uma mamografia aos 35 anos, para uma avaliação geral da saúde, e aos 40 anos se inicie o acompanhamento anual.

Sobre o câncer de mama

No Brasil, o câncer de mama é o tipo da doença que mais causa mortes entre as mulheres. Nos Estados Unidos, são esperados 232 mil casos novos de câncer de mama em 2013, e estima-se que cerca de 40 mil mulheres morrerão da doença.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo, pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima dessa faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.

Como não existe maneira de prevenir o câncer de mama, o conhecimento do corpo, o acompanhamento médico regular e o diagnóstico precoce são fundamentais para um tratamento efetivo.

Referências:

http://www.nytimes.com/2013/04/16/health/breast-cancer-drugs-urged-for-healthy-high-risk-women.html?ref=preventiveservicestaskforce

http://clinicazlotnik.com.br/2011/01/26/cancer-de-mama-a-doenca-mais-temida-pelas-mulheres/