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Ter um emprego estável, conhecer diferentes lugares, conquistar a estabilidade financeira. Muitos são os planos que antecedem a decisão de ter um filho atualmente. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o padrão de idade reprodutiva tem se alterado ao longo dos anos. Na última década, entre 2000 e 2010, o índice de mães com mais de 30 anos aumentou de 27 para 31,5%.

Se por um lado a evolução da medicina permite uma gravidez cada vez mais segura na terceira década da vida, ao decidir que está no momento ideal para engravidar, alguns casais se deparam com algo que não pode ser programado: a esterilidade.

Caracterizada pela dificuldade de engravidar, a esterilidade pode ser causada por diferentes razões. Entre as mulheres, geralmente ela está associada a problemas hormonais – menopausa precoce, distúrbios na ovulação, síndrome do ovário policístico, entre outros –, ou por questões anatômicas – como lesões ou malformações no útero, inflamações, obstrução das tubas uterinas (trompas), miomas e pólipos. A endometriose, doença em que o tecido endometrial se acumula em órgãos ou tecidos próximos fora do local do normal, no útero, também pode ser um fator que leva à esterilidade.

Já no homem pode estar relacionada à produção, transporte e capacidade de fertilização dos espermatozoides, que podem ser afetados por processos infecciosos, fatores hormonais ou genéticos, exposição a toxinas e disfunções como a varicocele, que interfere na produção de espermatozoide. O ritmo de vida e os hábitos como alimentação inadequada, fumar, dormir pouco e dormir de forma desregrada também podem interferir na formação do sêmen e nos ciclos de ovulação femininos. Por isso, ao se falar em esterilidade, deve ser sempre avaliada a saúde reprodutiva do casal, para que as causas sejam investigadas conjuntamente.

As chances de um casal engravidar a cada mês é, em média, de 20%, dependendo da idade. Geralmente, após um ano de tentativas regulares e sem sucesso na fecundação é o momento ideal de procurar um médico. No entanto, se a mulher tiver idade superior a 35 anos, ou suspeita de alterações que possam  dificultar a gravidez, como histórico de endometriose ou varicocele, por exemplo, é indicado conversar com um especialista após seis meses de tentativa.

Em alguns casos, a causa pode não ser identificada. É a Esterilidade Sem Causa Aparente, ou ISCA, em que os exames diagnósticos não conseguem identificar a razão para a dificuldade de engravidar. O acompanhamento da ovulação e das tentativas do casal pode auxiliar o diagnóstico médico.

E quais as formas de tratamento?

Independente da causa ser identificada ou não, a esterilidade pode ser tratada e o casal conseguir realizar o sonho da gravidez. Uma das opções é a reprodução assistida – pelo método de fertilização in vitro, em que a fecundação e o desenvolvimento inicial dos embriões acontecem externamente e depois são implantados no útero; ou a inseminação artificial, em que o sêmen é inserido no útero feminino após a estimulação da ovulação.

Outro método para o tratamento da esterilidade é a ovodoação. Assim como na fertilização in vitro, os óvulos são inseridos no útero materno após a fecundação externa. Nesse caso, os óvulos de uma doadora anônima são fecundados com o sêmen do marido da receptora.

É possível prevenir a esterilidade?

Levar uma vida saudável com dieta equilibrada, praticar exercícios regularmente e evitar doenças sexualmente transmissíveis está relacionado à maior probabilidade de engravidar. Porém, o diagnóstico da esterilidade geralmente é feito após diversas tentativas não sucedidas de engravidar. Nos casos em que a mulher ou o homem desenvolve doenças que tem como consequência a esterilidade, é fundamental o acompanhamento médico para garantia da saúde reprodutiva. Nesses casos, e naqueles em que a mulher deseja engravidar mais tardiamente, uma alternativa é o congelamento dos óvulos. Isso porque com o passar do tempo a produção de óvulos da mulher diminui, reduzindo a possibilidade de uma fecundação.

Com o armazenamento dos óvulos, a mulher tem mais liberdade para decidir quando deseja engravidar, e também garante a qualidade dos óvulos caso deseje engravidar tardiamente. Quanto mais cedo ela congelar as células, maiores as chances de a fertilização ser bem sucedida.

Referências: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2018
http://clinicazlotnik.com.br/2011/08/25/reproducao-assistida-%E2%80%93-quando-ela-e-a-unica-solucao/)

Publicado em maio/2013