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Frequente em mulheres no período da menopausa, adoção de hábitos saudáveis e acompanhamento médico ajudam a retardar o desenvolvimento da doença

Durante a fase jovem e adulta, o organismo utiliza o cálcio e o fosfato obtidos pela alimentação como ferramentas para a constituição da massa óssea. Na medida em que envelhecemos esses minerais passam a ser reabsorvidos pelo corpo, e o tecido ósseo passa a ficar mais frágil e suscetível a lesões. É a osteoporose.

Mais frequente em mulheres

A estimativa é que uma a cada três mulheres terão a doença ao longo da vida -, a osteoporose geralmente se manifesta a partir dos 50 ou 60 anos. Ela é conhecida como epidemia silenciosa, pois a diminuição da massa óssea não apresenta sintomas. Por este motivo, a doença costuma ser diagnosticada somente após uma fratura, que pode ser causada mesmo por um trauma de leve intensidade, e muitas vezes quando o estágio é avançado.

E como identificar se tenho osteoporose?

Como a doença não tem sintomas específicos na fase inicial, não é possível fazer um diagnóstico clínico. No entanto, alguns sinais devem ser observados, principalmente a partir dos 45 anos, e relatados ao médico:, diminuição da estatura, dor no pescoço ou na lombar decorrentes de fraturas nos ossos e alterações na postura, como encurvamento.

Também existem testes laboratoriais e de imagem que investigam a qualidade da massa óssea. O principal é a densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos. Podem ser realizados também testes de radiografia, além dos exames de sangue que medem os hormônios relacionados a estabilidade do cálcio no sangue nos ossos..

Além do envelhecimento, existe algum outro fator que pode desencadear a doença?

Não é possível afirmar que uma pessoa com histórico familiar desenvolverá a osteoporose. No entanto, alguns fatores que levam à doença podem ser hereditários, como a dificuldade de absorção de cálcio. Por isso, pacientes que tenham familiares com osteoporose devem fazer acompanhamento médico e manter hábitos como alimentação rica em cálcio e fosfato e praticar exercícios físicos para fortalecimento muscular e ósseo.

Além disso, outros fatores estão associados aos casos de osteoporose: ter diabetes, fumar, não praticar atividade física, consumir álcool, pouca exposição ao sol, ser muito magro e ter uma dieta alimentar pobre em cálcio.

Nas mulheres, além de terem os ossos mais finos e leves, a partir da menopausa há um declínio do nível de cálcio no organismo. Isso acontece em função da diminuição da produção do hormônio estrogênio, responsável pela fixação do cálcio nos ossos e por retardar a reabsorção do osso.

É possível prevenir?

Sim. Alguns hábitos diários podem auxiliar na prevenção, como tomar sol no período antes das 10 e após as 16h, para aumentar a produção de vitamina D, praticar atividades físicas, não fumar, evitar a ingestão de álcool, fazer acompanhamento médico a partir dos 45 anos e realizar a densitometria óssea, além de seguir uma dieta equilibrada, com consumo de alimentos ricos em cálcio e vitamina D. Esta vitamina tem importante papel preventivo, pois auxilia na absorção intestinal do cálcio.

Uma vez diagnosticada, existe tratamento?

Apesar de não ter cura, é possível retardar a evolução da doença. O tratamento é focado em diminuir as dores, reduzir o ritmo da perda óssea e prevenir fraturas.

São diversos estágios da osteoporose e há uma série de fatores que podem estar associados à doença. Por isso, o tratamento deve ser individualizado para cada paciente. Podem ser receitadas medicações e também terapias como reposição do estrogênio (para o caso de mulheres que tenham passado pela menopausa) e suplementação de cálcio e vitamina D.

Algumas doenças podem estar associadas ou desencadear o surgimento da osteoporose, como hipertireoidismo, mieloma, doenças do rim e do fígado, doença celíaca, hemocromatose.

Publicada em dezembro 2013