Além da interrupção da menstruação, pode ser acompanhada de sintomas como ondas de calor, suor excessivo e ressecamento vaginal
O ciclo reprodutivo de uma mulher tem diversas etapas. Da menarca, ou primeira menstruação, à menopausa – quando os ovários cessam a produção de hormônios –, o organismo feminino passa por uma série de transformações físicas, psicológicas e sociais.
Um dos mais marcantes é por volta dos 50 anos de idade, quando chega a menopausa, em que a mulher não tem mais ovulação e, portanto, não menstrua mais.
Nos anos anteriores à cessação da menstruação a mulher passa pelo período do Climatério, um estágio transitório entre a fase reprodutiva e não-reprodutiva, em que os ovários começam a diminuir de forma gradativa a sua produção hormonal, até que chegue na Menopausa. No entanto, em alguns casos os ovários podem ter a função interrompida prematuramente, antes dos 40 anos, caracterizando a Falência Ovariana Prematura (FOP) ou Menopausa Precoce.
Identificando o problema: sintomas e diagnóstico
Além da interrupção da menstruação por mais de um ano, a menopausa precoce pode ser acompanhada de alguns sintomas, como: ondas de calor – que aparecem subitamente e têm duração de 5 a 30 minutos -, suores noturnos, ressecamento vaginal, redução da libido, cansaço excessivo, insônia, aumento de peso, incontinência urinária, perda de
força muscular, insônia, alterações de humor, irritabilidade, depressão e alterações perceptíveis no fluxo menstrual.
Além do exame físico por um médico ginecologista, podem ser feitos exames de dosagem hormonal e ultrassom para confirmação do diagnóstico. Assim com as demais disfunções que podem ocorrer na saúde da mulher, é muito importante consultar o médico regularmente e sempre observar qualquer alteração em seu corpo, para que o diagnóstico seja sempre realizado precocemente.
Convivendo com a menopausa precoce: tratamentos e gravidez
Confirmado o diagnóstico da menopausa prematura, a indicação é que seja feita a Terapia de Reposição Hormonal. A reposição de hormônios e vitaminas é fundamental para prevenir o desenvolvimento precoce de doenças como a osteoporose e outras disfunções decorrentes da deficiência de hormônios.
As mulheres com menopausa precoce tem chance 90% menor de engravidar do que as demais mulheres na mesma idade. Nesses casos, pode ser discutida a implantação de óvulos no útero (ovodoação) ou técnicas laboratoriais, como a Fertilização in Vitro. Além de lidar com os sintomas da menopausa, é importante conversar com o médico e avaliar a necessidade de acompanhamento psicológico durante o período de adaptação, tanto aos sintomas quanto ao tratamento, principalmente quando a paciente ainda planeja ter filhos ao ser diagnosticada.
Publicado em nov/15